O PoliSat é o primeiro e único grupo de desenvolvimento de satélites da Escola Politécnica da USP, composto apenas por alunos de graduação. Construímos Cubesats do zero e participamos de competições como a Olimpíada Brasileira de Satélites e a Latin America Space Challenge.

Cubesats constituem uma categoria de nanossatélites caracterizados por sua menor dimensão, peso e custo em relação aos satélites convencionais, o que os torna mais acessíveis para desenvolvimento e lançamento. Por padrão, possuem um formato cúbico com arestas de 10 cm.

Além do desenvolvimento e do projeto conceitual dos satélites, os grupos são desafiados a construir e integrar o CubeSat, cumprindo requisitos rigorosos de engenharia. Como o lançamento em órbita não é viável para todos os satélites em todas as competições, a avaliação baseia-se em conceitos teóricos e testes de bancada. Estes testes abrangem a robustez mecânica, resistência térmica e eletromagnética, teste de potência, verificação da transmissão de dados e a leitura de sensores, entre outros. Ademais, o CubeSat pode ser lançado por meio de um balão estratosférico, que atinge altitudes de aproximadamente 25 km, permitindo a realização de testes em condições semelhantes às do espaço, como variações de pressão e temperatura, além de possibilitar a avaliação do desempenho dos sistemas de comunicação e navegação.

Ainda não lançamos um satélite em órbita, pois além de sermos um grupo recente, o processo para lançar um satélite é altamente complexo e envolve um custo significativo, tanto em termos financeiros quanto de logística. Desde o desenvolvimento e integração do CubeSat até a contratação de um veículo lançador, há muitas etapas e desafios técnicos, os quais normalmente levam alguns anos para serem concretizados. No entanto, estamos atualmente no processo de desenvolvimento de um CubeSat com o objetivo de lançá-lo em breve, à medida que avançamos em cada fase desse projeto.

O PoliSat foi fundado com o princípio de que seus membros devem sempre priorizar os estudos acadêmicos e suas obrigações na universidade. Para garantir esse equilíbrio, o grupo adota políticas que suspendem as atividades durante as semanas de provas do biênio, além de reduzir a carga horária em períodos de outras avaliações. Conciliar o envolvimento no grupo com o bom desempenho acadêmico é plenamente possível, como demonstram exemplos de ex-membros que, mesmo ocupando posições de liderança no PoliSat, alcançaram excelentes resultados acadêmicos e, posteriormente, ingressaram em universidades no exterior.

Para ingressar no PoliSat, é necessário concluir todas as etapas do processo seletivo, que é dividido em duas áreas: engenharia e comunicação. As seleções ocorrem sempre no início do ano e, em alguns casos, também no meio do ano. Sendo um grupo de tamanho reduzido, o PoliSat valoriza a participação ativa de todos os seus membros, garantindo que cada um tenha tarefas atribuídas e contribua de forma efetiva para o grupo.